Bonito CineSur 2025

APRESENTAÇÃO | PRESENTACIÓN

O CINEMA SUL-AMERICANO E SEUS DESAFIOS
EL CINE SUDAMERICANO Y SUS DESAFÍOS

Quando falamos da América do Sul, é necessário pensar que temos 13 países e uma população de 480 milhões de habitantes que compõem o continente, com características distintas, mas com uma história de ocupação e colonização que nos aproxima e impõe desafios semelhantes.

Embora tenhamos conseguido nas últimas décadas avanços consideráveis na superação da fome e da pobreza, o que se constata na maioria dos países é que a desigualdade social ainda é uma característica comum a todos, e que se coloca como a principal barreira a ser ultrapassada. Sem equidade social e sem educação de qualidade e acessível ao conjunto das populações, nossos países não conseguirão alcançar o desenvolvimento econômico e humano desejável.

Por termos convicção do papel que a cultura pode desempenhar nesse processo, realizamos o Bonito CineSur não apenas como demonstração das possibilidades de integração entre os países sul-americanos, de trocas e intercâmbios nos planos simbólicos das linguagens artísticas e culturais, mas também como gesto de impulso à reflexão da dimensão econômica desse segmento. As indústrias do livro, da música, do cinema e do audiovisual, principalmente, representam hoje um percentual bastante expressivo das economias em todos os nossos países.

Nunca é excessivo falar da relevância econômica e cultural da indústria cultural dos Estados Unidos e de como o país trata esse setor como prioridade em sua política de ocupação dos mercados em todo o mundo.

A América Latina é um dos principais destinatários dos produtos oriundos da indústria cultural estadunidense, o que nos leva a consumir e processar sua música, moda, literatura, séries de televisão e filmes em grande escala. Nossas sociedades sabem mais sobre os Estados Unidos e a Europa do que das realidades e das culturas dos nossos países fronteiriços. Conhecemos pouco sobre a nossa América do Sul e Latina e somos invadidos por filmes e séries de televisão que nos impõem um padrão cultural e de vida que devemos seguir, como se fosse o único modelo de sociedade possível. É nesse cenário que o cinema e o audiovisual sul-americano vêm, há mais de 100 anos, se colocando como expressão artística e industrial, em processos assimétricos, em meio a ditaduras e governos fascistas e autoritários, que sempre que ascendem ao poder perseguem a cultura e atrasam nosso desenvolvimento.

O cinema produzido na América do Sul sempre se mostrou potente e criativo, capaz de impressionar espectadores de todo o mundo. Desde as primeiras imagens captadas ainda no século XIX as primeiras salas de exibição no início do século XX e a criação das produtoras e distribuidoras nacionais, sempre mostramos que não queremos ser apenas consumidores de produtos estrangeiros, pois sabemos realizar filmes e apaixonar nossas platéias.

Criamos obras memoráveis, forjamos grandes diretores, atores e atrizes que povoam nosso imaginário, somos premiados nos principais festivais mundiais e conquistamos estatuetas do Oscar. Mas ainda falta muito a ser conquistado para termos o direito à exploração dos mercados em nossos próprios países e esse é o maior desafio que temos para alcançar a sustentabilidade econômica do setor.

Hoje, além de fortalecer as empresas nacionais de produção, distribuição e exibição, temos que buscar garantir a regulamentação das plataformas de streaming, onde Netflix, Amazon Prime, Disney, Apple, Paramount, entre outras, colocam milhares de filmes e séries, majoritariamente oriundos dos EUA, nas nossas telas de computador, celular e televisão. É um negócio bilionário, em que nossos países figuram apenas como mercados a serem explorados, sem que nada seja cobrado em taxas e impostos dessas corporações multinacionais.

Para continuarmos avançando e desenvolvendo nossos cinemas nacionais, é urgente regulamentar essas plataformas, cobrando as devidas taxas e impostos, a serem revertidas no incremento das indústrias audiovisuais dos nossos países, e também garantir espaços nos catálogos desses canais para os filmes e séries que produzimos. Temos o direito de explorar nossos mercados, temos o direito de nos vermos nas nossas telas, de conhecer e vivenciar nossas próprias culturas. O Bonito CineSur é parte desta luta.

Nilson Rodrigues
Diretor do Bonito CineSur

Al hablar de Sudamérica, debemos considerar que conformamos el continente con 13 países y una población de 480 millones de habitantes, cada uno con características distintas, pero con una historia de ocupación y colonización que nos acerca y nos plantea desafíos similares.

Si bien hemos logrado avances considerables en la superación del hambre y la pobreza en las últimas décadas, observamos en la mayoría de los países que la desigualdad social sigue siendo una característica común y la principal barrera a superar. Sin equidad social y una educación de calidad accesible a todas las poblaciones, nuestros países no alcanzarán el desarrollo económico y humano deseado.

Convencidos del papel que la cultura puede desempeñar en este proceso, celebramos Bonito CineSur, no solo como una demostración de las posibilidades de integración entre los países sudamericanos, de intercambios y de intercambios a nivel simbólico de lenguajes artísticos y culturales, sino también como un gesto para fomentar la reflexión sobre la dimensión económica de este segmento. Las industrias del libro, de la música, del cine y del audiovisual, en particular, representan hoy un porcentaje significativo de las economías de todos nuestros países.

Nunca está de más enfatizar la relevancia económica y cultural de la industria cultural estadounidense y cómo el país prioriza este sector en su política de conquista de mercados globales.

Latinoamérica es uno de los principales receptores de productos de la industria cultural estadounidense, lo que nos lleva a consumir y procesar su música, moda, literatura, series de televisión y películas a gran escala. Nuestras sociedades saben más de Estados Unidos y Europa que de las realidades y culturas de nuestros países vecinos. Sabemos poco de nuestra propia América del Sur y de Latinoamérica, y nos vemos invadidos por películas y series de televisión que nos imponen un estándar cultural y de estilo de vida que debemos seguir, como si fuera el único modelo posible para la sociedad. Es en este contexto que el cine y los medios audiovisuales sudamericanos se han consolidado, durante más de 100 años, como expresiones artísticas e industriales, en procesos asimétricos, en medio a las dictaduras y gobiernos fascistas y autoritarios que, cada vez que llegan al poder, persiguen la cultura y retrasan nuestro desarrollo.

El cine producido en Sudamérica siempre ha demostrado ser potente y creativo, capaz de impresionar a espectadores de todo el mundo. Desde las primeras imágenes captadas en el siglo XIX hasta las primeras salas de cine a principios del siglo XX y la creación de productoras y distribuidoras nacionales, hemos demostrado que no queremos ser meros consumidores de productos extranjeros, porque sabemos cómo hacer películas y cautivar a nuestro público.

Creamos obras memorables, forjamos grandes directores, actores y actrices que despiertan nuestra imaginación, ganamos premios en importantes festivales internacionales y logramos el Oscar. Pero aún queda mucho por hacer antes de que podamos explorar los mercados en nuestros propios países, y este es el mayor desafío que tenemos para lograr la sostenibilidad económica del sector.

Hoy, además de fortalecer las productoras, distribuidoras y proyectoras nacionales, debemos buscar garantizar la regulación de las plataformas de streaming, dónde Netflix, Amazon Prime, Disney, Apple, Paramount y otras plataformas ponen miles de películas y series, principalmente estadounidenses, en nuestras pantallas de computadoras, celulares y televisores. Es un negocio multimillonario, en el que nuestros países son meros mercados por explorar, sin tasas ni impuestos para estas corporaciones multinacionales.

Para seguir impulsando y desarrollando nuestros cines nacionales, es urgente regular estas plataformas, cobrando las tasas e impuestos correspondientes, que se utilizarán para expandir las industrias audiovisuales de nuestros países y también para garantizar un espacio en los catálogos de estos canales para las películas y series que producimos. Tenemos derecho a explorar nuestros mercados, tenemos derecho a vernos reflejados en nuestras pantallas, a conocer y experimentar nuestras propias culturas. Bonito CineSur es parte de esta lucha.

Nilson Rodrigues
Director de Bonito CineSur

AGRADECIMENTOS | GRATITUD

Vander Loubet, Eduardo Riedel, Bruno Wendling, Paulo Corrêa, Josmail Rodrigues, Juliane Salvadori, Landmark Rios, Ido Michels, Giselda Diniz, Rafael Rodrigues, Eliana Fregatto, Elias de Oliveira Francisco, Lelo Marchi, Eco Park Porto da Ilha, Aquário Natural, Casa do João, Juanita Restaurante, Bacuri Cozinha Regional, Varandas Restaurante, Restaurante Pantanal Grill, Beco da Arte Gastrobar, Agência H20 Ecoturismo, Nascente Azul, Ceita Core, M26 Assessoria, Serra da Bodoquena, Boca da Onça, Abismo Anhumas, Cabanas, Restaurante Quintal Pantaneiro, Flávio de Oliveira Teixeira, Projeto Garoto Cidadão, Vanzella Transportes, Hotel Praia Parque, Parque das Cachoeiras e Vício da Gula Café.

BONITO CINESUR 2025

Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito | BRASIL

Argentina | Bolívia | Brasil | Chile | Colômbia | Equador | Guiana | Guiana Francesa | Paraguai | Peru | Suriname | Uruguai | Venezuela

  • Mostras competitivas do cinema sul-americano de filmes inéditos de longas metragens e curtas metragens realizados entre os anos 2024 e de 2025;
  • Mostras competitivas do cinema sul-americano de longas metragens e curtas metragens de temática ambiental, realizados entre os anos 2024 e de 2025;
  • Mostra competitiva do cinema sul-mato-grossense com filmes realizados entre os anos 2024 e 2025;
  • Mostra paralela do cinema sul-americano infantojuvenil, sessões especiais;
  • Premiações, debates, rodadas de discussões visando acordos internacionais;
  • Intercâmbio com importantes realizadores de festivais da América do Sul;
  • Oficinas para crianças e a comunidade geral, oficinas para profissionais e acadêmicos de cinema e audiovisual, e apresentação musical sul-americana.

Festival de Cine Sudamericano de Bonito | BRASIL

Argentina | Bolivia | Brasil | Chile | Colombia | Ecuador | Guyana | Guayana Francesa | Paraguay | Perú | Suriname | Uruguay | Venezuela

  • Muestra competitiva de largometraje y cortometraje sudamericano inédito realizados entre 2024 y 2025;
  • Muestra competitiva de cine sudamericano de largometrajes y cortometrajes de temática ambiental realizados entre 2024 y 2025;
  • Muestra competitiva de cine de Mato Grosso del Sur con películas realizadas entre 2024 y 2025;
  • Muestra paralela de cine sudamericano para niños y jóvenes, sesiones especiales;
  • Premios, debates, círculos de discusión delegados a acuerdos internacionales;
  • Intercambio con los directores de festivales más importantes de Sudamérica;
  • Talleres para niños y la comunidad en general, talleres para profesionales y académicos del cine y el audiovisual, y performance musical sudamericana.

BONITO – MS – BRASIL

Ecoturismo, Cultura e Cinema

No coração do Brasil, Bonito é parte do Parque Nacional da Serra da Bodoquena e um dos pontos de ecoturismo mais importantes do país.

Mato Grosso do Sul faz fronteira com Bolívia e Paraguai, de onde recebeu fortes influências culturais e na composição da identidade étnica de seu povo.

Bonito tem pouco mais de vinte mil habitantes e é nesta charmosa cidade que estão rios de água cristalina e transparentes, cachoeiras, grutas e as mais belas paisagens. Polo cultural de Mato Grosso do Sul, Bonito sedia festivais literários, de Jazz e o Festival de Inverno.

Ecoturismo, Cultura y Cine

En el corazón de América del Sur, Bonito forma parte del Parque Nacional Serra da Bodoquena y uno de los puntos de ecoturismo más importantes del país.

Mato Grosso del Sur limita con Bolivia y Paraguay, de donde recibió fuertes influencias culturales y la composición de la identidad étnica de su pueblo.

Bonito tiene poco más de veinte mil habitantes y es en esta encantadora ciudad donde hay ríos de aguas cristalinas y transparentes, cascadas, cuevas y hermosos paisajes. Bonito, el centro cultural de Mato Grosso del Sur, alberga festivales literarios, de Jazz y el Festival de Invierno.

REPERCUSSÃO | REPERCUSIÓN

Mais de 180 mil pessoas alcançadas pelas redes sociais

O Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito é um espaço de encontro e integração do cinema e do audiovisual sul-americano, apresentando seus melhores filmes e reunindo profissionais de todos os países do continente.

Em 2024, sua segunda edição enriqueceu o calendário cultural da cidade, do país e do continente com a exibição de 42 filmes de 10 países da América do Sul, em 120 horas de programação gratuita.

O Bonito CineSur tem ampla repercussão na imprensa local e nacional e em 2024 cresceu em tamanho e relevância com a participação das 40 instituições públicas e privadas, alcançando 5 mil pessoas diretamente, fomentando a economia criativa local com a contratação de 200 serviços de profissionais de produção, equipamentos técnicos, além de hotéis, restaurantes e transporte.

Em 2025, o Bonito CineSur ocupará espaços centrais da cidade de Bonito e seguirá avançando na consolidação da convergência cultura/meio ambiente/turismo, intercomunicando cinematograficamente a América do Sul, destacando a temática ambiental e promovendo internacionalmente o destino turístico Bonito e o nosso querido Brasil, entre os países.

Más de 180 mil personas alcanzadas a través de las redes sociales

El Bonito CineSur – Festival de Cine Sudamericano de Bonito es un espacio de encuentro e integración del cine y audiovisual sudamericano, presentando sus mejores películas y reuniendo a profesionales de todos los países del continente.

En 2024, su segunda edición enriqueció el calendario cultural de la ciudad, el país y el continente con la proyección de 42 películas de 10 países sudamericanos en 120 horas de programación gratuita.

Bonito CineSur ha tenido una amplia repercusión en la prensa local y nacional y en 2024 creció en tamaño y relevancia con la participación de 40 instituciones públicas y privadas, llegando a 5.000 personas de forma directa, fomentando la economía creativa local mediante la contratación de 200 servicios profesionales de producción, equipos técnicos, así como hoteles, restaurantes y transporte.

En 2025, Bonito CineSur ocupará espacios centrales en la ciudad de Bonito y continuará consolidando la convergencia cultura/medio ambiente/turismo, intercomunicando cinematográficamente Sudamérica, destacando las cuestiones ambientales y promoviendo internacionalmente el destino turístico de Bonito y de nuestro querido Brasil.

Bonito CineSur 2025 | Patrocínio | Apoio | Apoio Cultural | Realização
Rolar para cima